Resumo rápido do dia:

  • Escalas curtas sustentam alta do boi

  • BNDES injeta crédito emergencial no campo

  • Soja e biodiesel impulsionam o PIB do agro

  • Suínos voltam a competir com o frango

  • Trigo surpreende com colheita robusta

Destaque do dia - “O motor do Agro não para”

Escalas curtas do boi elevam a arroba e preocupam os frigoríficos.
O BNDES injeta R$ 12 bilhões para aliviar o caixa do produtor. E a cadeia da soja biodiesel deve crescer 11%, consolidando-se como o novo pilar econômico do campo brasileiro.

Enquanto isso, o trigo ganha fôlego, a carne suína volta à ofensiva e o mercado de carbono finalmente ganha estrutura. O campo está acelerando — e 2025 já parece um ano de virada.

Escalas curtas pressionam o boi e acendem alerta nos frigoríficos

Foto: www.beefpoint.com.br

O mercado do boi volta a esquentar.

A arroba voltou a ser protagonista. As escalas de abate encurtaram em praticamente todas as praças monitoradas pelo Cepea, impulsionando os preços do boi gordo e reduzindo as margens da indústria.
Em São Paulo, os negócios ocorrem entre R$ 305 e R$ 320/@, a faixa mais alta do ano, e a diferença entre arroba e carcaça caiu ao menor nível de 2025.

Esse encurtamento ocorre após meses de oferta garantida por contratos de confinamento. Agora, o cenário muda: a reposição de bois prontos está mais lenta e o varejo começa a sentir a pressão.
No interior, frigoríficos têm alongado escalas com dificuldade, e a exportação se mantém firme, especialmente para China e Emirados Árabes.

A leitura do mercado é clara: oferta curta + demanda sólida = preços firmes.
No curto prazo, a tendência é de manutenção da arroba em patamares elevados, testando a capacidade de repasse ao consumidor e a flexibilidade das margens industriais.

Um número

R$ 779,2 Bilhões

É o PIB projetado para a cadeia soja-biodiesel em 2025 — um salto de 11,29% segundo o Cepea e a Abiove.

E, no horizonte, a pergunta que ecoa:

Até quando o consumo interno suportará essa firmeza?

Crédito rural reaquece com R$ 12 bi do BNDES

Foto: Adobe Stock

O BNDES lançou o Programa de Liquidação de Dívidas Rurais, abrindo crédito emergencial de R$ 12 bilhões para produtores afetados por perdas climáticas entre 2020 e 2025.


A medida chega em um momento sensível: seca no Sul, excesso de chuva no Nordeste e retração de renda nas pequenas propriedades.

O programa permite renegociar custeios, investimentos e CPRs contratados até junho de 2024, com prazo de até 9 anos e 1 ano de carência.
Ao menos 40% dos recursos vão para agricultores familiares e médios produtores (Pronaf e Pronamp).

A prioridade é evitar o colapso produtivo de municípios em emergência reconhecida.
Analistas destacam que a medida pode evitar um ciclo de inadimplência e ajudar a preservar até 150 mil empregos diretos no campo.

A frase mais repetida em Brasília:

“não é socorro, é reconstrução.”

Oferecimento do dia

A ciência descobriu um jeito de acelerar empresas

Parece futuro distante? Talvez, mas as automações inteligente já fazem parte do nosso dia a dia. Na BigMinds Tech, transformamos processos em performance, dados em inteligência e negócios em histórias de crescimento.

Porque inovar não é apenas tecnologia. É estratégia.

A soja e o biodiesel aceleram o motor verde da economia

Foto: Freepik

Esse avanço é puxado pela safra recorde, aumento da capacidade de esmagamento e ampliação das exportações de óleo.

Dentro da porteira, a soja deve crescer 23,39%, alcançando R$ 188,3 bilhões. A agroindústria sobe 4,02%, e os agrosserviços — transporte, energia e finanças — crescem 8,95%.
O setor já emprega 2,33 milhões de pessoas e tem peso crescente na matriz energética nacional.

A combinação de energia limpa, maior demanda externa e política de biocombustíveis consolida a soja como o epicentro da bioeconomia brasileira.
Mas a logística continua sendo o ponto crítico: portos do Arco Norte e gargalos rodoviários podem ditar o ritmo do crescimento em 2026.

Gráfico do dia

Foto: Gemini

Empregos diretos: 2,33 milhões (+4,19%) - Exportações: -8,29% em valor, +5,2% em volume

A cadeia do biodiesel cresce em produção e emprego, mesmo com exportações menores. O Brasil colhe energia, inovação e prestígio internacional.

Suínos voltam a desafiar o frango e reequilibram o mercado de proteínas

Foto: Google

Depois de meses de instabilidade, a carne suína recupera espaço frente ao frango no mercado doméstico.


A recuperação se deve à normalização sanitária pós-gripe aviária e ao reaquecimento das exportações para o Sudeste Asiático.

Nos levantamentos do Cepea, a carne suína voltou a apresentar preço relativo mais competitivo que o frango pela primeira vez desde maio. Essa inversão traz alívio aos suinocultores, que agora ampliam margens de exportação, enquanto a avicultura busca retomar equilíbrio produtivo.

O cenário indica uma disputa acirrada até o fim do ano: suínos com alta de 4% nas cotações e frango com leve recuo. Analistas chamam o movimento de “rotação de proteínas”, tendência que já influencia consumo e contratos futuros.

Uma imagem – Cada grau conta

Foto: Daniel Beltrá/Greenpeace

Visualização dos impactos do aquecimento global: manter as metas do Acordo de Paris pode evitar até 57 dias de calor extremo por ano, destacando como pequenas variações de temperatura geram grandes diferenças para o planeta e para a vida humana.


Na imagem: Florestas consumidas pelo fogo lembram que o aquecimento global não é futuro — é presente. A elevação de cada décimo de grau intensifica ondas de calor, seca e incêndios, evidenciando a urgência de cumprir as metas do Acordo de Paris.

Trigo surpreende e alcança 7,5 milhões de toneladas na safra 2025/26

Foto: Unsplash

A StoneX revisou para cima a safra 2025/26 de trigo, projetando 7,5 milhões de toneladas.


O Rio Grande do Sul lidera com 3,3 milhões t, seguido do Paraná com 2,6 milhões t, e estoques finais em 528 mil t — o dobro do estimado há três meses.

A melhora das condições climáticas no Sul e a estabilidade dos custos logísticos favoreceram o desempenho.
Com maior oferta doméstica, o Brasil reduz dependência de importações, mas ainda enfrenta desafios cambiais que afetam competitividade.

Os moinhos já antecipam contratos para o primeiro trimestre de 2026, e o mercado observa o câmbio: um real mais forte pode alterar margens de exportação e pressionar preços internos.
Em resumo: a safra é boa, mas o câmbio ainda manda no jogo.

Ouça o Agro Informe Podcast

Resumo narrado das principais notícias do dia, disponível no Spotify.

Rapidinhas do Agro

Gif: Giphy

  • Licitação de ureia na Índia agita preços internacionais e ameaça encarecer fertilizantes no Brasil.

  • Fazenda cria secretaria para gerir o mercado de carbono regulado a partir de novembro.

  • Agritechs brasileiras captam R$ 200 milhões em nova rodada conjunta de investimento.

  • ONU alerta: sem o Acordo de Paris, o planeta teria 57 dias a mais de calor extremo por ano.

  • Setor de biogás rural cresce 18% e entra na pauta de exportações energéticas.

Agenda do dia

  • 17/10/2025 - 08h30 — Divulgação dos Indicadores Cepea (Boi, Milho, Café, Soja)

  • 17/10/2025 - 13h00 — Coletiva do MAPA sobre o Plano Safra 2026

  • 17/10/2025 - 15h00 — Reunião da CNA sobre Reforma Tributária Rural

  • 17/10/2025 - 18h00 — Fechamento do mercado de grãos em Chicago

  • 17/10/2025 - 22h00 — Atualização dos contratos futuros de café e algodão

Edição - Fontes

Edição: Inteligência Artificial + Agro Informe
Fontes: Cepea, CNA, MAPA, Agrolink, Canal Rural, Investing, Globo Rural, InfoMoney

Agro Informe - Quem Somos

Informações que movem o Agro. Usamos tecnologia, IA e curadoria humana para transformar notícias em inteligência prática para produtores, indústrias, traders e investidores. Conteúdos claros, ágeis e sem ruído.

Curadoria Agro Informe
[email protected]
Esse conteúdo não constitui recomendação de investimento

Continue lendo

No posts found